Muita gente é fã daquele sexo no meio da noite... Mas cuidado. Se o seu parceiro ou parceira não se lembra de nada no dia seguinte, um distúrbio de sono perigoso pode ser o responsável: o sexonambulismo.
À primeira vista, pode até parecer uma história estapafúrdia quando bate um arrependimento no dia seguinte, a transa é ruim e por aí vai. Mas, o distúrbio realmente existe, atinge 7% da população mundial e pode gerar um impacto emocional e físico imenso na vida do portador e daqueles à sua volta, já que a inconsciência de um dos parceiros resulta em estupro.
A incorrência da doença é maior entre homens (80,6%) do que entre mulheres e o sexonambulismo não tem cura.
Como o problema acontece
Também chamado de sexsomnia, o sexonambulismo é realmente uma atividade (falha) automática do sistema nervoso, que varia entre masturbação até o sexo em si. Segundo Shigueo Yonekura, neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba, a desordem ocorre justamente na fase de transição entre o sono superficial e o profundo.
O fato de não lembrar acontece porque o lobo frontal do cérebro está fechado quando o sexonâmbulo está “agindo”. Essa área do cérebro é responsável pela elaboração do pensamento e emoção, portanto, qualquer juízo de valor ou memória são impossíveis de serem “processados”.
A complexidade da questão
Quando ocorre, geralmente a pessoa apresenta o mesmo tipo de comportamento sexual que tem ao estar acordada. Mas nem todos os casos se apresentam assim.
Em 2010, o psiquiatra pesquisador em medicina do sono Carlos Schenck revelou que em 40% dos casos o distúrbio é acompanhado de violência e agressão. Um ano antes, o britânico Stephen Lee Davies foi acusado de estuprar sua enteada, uma garota de 16 anos, porém o júri se recusou a condená-lo a cumprir pena diante de prova de que ele era sexonâmbulo. Sua esposa e uma ex confirmaram que ele transava e não lembrava de nada no dia seguinte.
Ajuda
Se esse tipo de coisa acontece com seu companheiro(a) ou com algum(a) amigo(a), aconselhe a pessoa a buscar ajuda o quanto antes. “O distúrbio não tem cura, mas é controlado com medicamentos”, explica Shigueo. Geralmente, são antidepressivos que eliminam os sintomas em até 3 meses. E, lembre-se, apesar da ocorrência ser muito mais comum em homens, também pode atingir mulheres. Portanto, se tudo isso que você leu soa familiar, procure um psiquiatra ou um neurologista.
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