sábado, 27 de junho de 2015

Hipersexualidade - Compulsão Sexual

No Brasil, hipersexualidade ainda é tabu


A falta de conhecimento e o preconceito fazem com que as pessoas que têm compulsão por sexo não procurem ajuda.


Imagem: blog saude-joni

Uma pergunta tem causado alvoroço na comunidade científica dos Estados Unidos. Compulsão sexual é doença? Por enquanto, não. Os autores do Código Americano de Saúde Mental, o mais prestigiado do mundo, dizem que ainda não há estudos suficientemente conclusivos sobre o que eles chamam de hipersexualidade. Mesmo por lá, o tema é relativamente novo. Começou a ser investigado há cerca de 30 anos. No Brasil, o assunto é quase um tabu. Pouquíssimas pesquisas foram publicadas. A maior delas, de 2013, aborda somente a cidade de São Paulo. A falta de conhecimento e o preconceito da sociedade fazem com que as pessoas não procurem ajuda. Para muitas delas, a busca incessante pelo prazer do sexo termina em dor, sofrimento e isolamento social.


MAIS DE 500 GAROTAS DE PROGRAMA

O bolso não aguentou a compulsão, e Fabiano* teve de pedir dinheiro emprestado. Ele já se relacionou com mais de 500 garotas de programa.

“Já tinha até todo um ritual. Ia direto pra lá, subia as escadas escolhendo qual garota de programa que eu queria e depois voltava para a minha casa. No dia seguinte, começava tudo outra vez. Teve um dia que eu saí com seis garotas de programa, de manhã, à tarde, à noite, e fui para a casa ainda insatisfeito... Eu não tinha mais nem comida em casa, mas a compulsão era mais forte. E se eu morresse tanto fazia”.


SOLUÇÃO PARA PROBLEMAS

Já Mario* buscava a solução para os problemas no banheiro.

“Não era uma masturbação para eu me sentir bem. Passou a ser algo do qual eu fiquei escravo. Eu tinha trancado a minha faculdade porque eu não estava mais conseguindo me concentrar, por focar em algumas práticas sexuais ou pensar. É uma sensação de desespero enorme. A vontade era de não existir”.


EXPOSIÇÃO AO PERIGO

Depressão, mudanças de humor, ansiedade e tendência ao suicídio acompanham as pessoas com compulsão sexual. Caso típico de Natália*, que se autodefine como altamente dependente de sexo. Todos os dias ela precisa fazer sexo. Se não fizer, precisa se masturbar, até no banheiro do trabalho. Certa vez, Natália* conheceu um rapaz na rua e os dois transaram sem caminha. “Só depois eu parei para pensar”, conta ela.


CONSTRANGIMENTO

Doenças sexualmente transmissíveis não são o único problema. Constrangimentos e situações adversas estão acompanhados da compulsão sexual. Pedro*, por exemplo, não consegue parar de assistir pornografia. Um dia, o autocontrole falhou e ele se masturbou em uma lan house cheia de crianças. “Eu saí correndo, todo molhado. Foi horrível”.



  
Informações sobre onde procurar ajuda:

  • Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo e de Prevenção aos Desfechos Negativos Associados ao Comportamento Sexual (AISEP) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Endereço: Rua Dr. Ovidio Pires de Campos, 785 - Cerqueira Cesar – SP – 05403-010 Site: www.compulsaosexual.com.br
  • Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes(Proad), ligado ao Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Endereço: Rua Borges Lagoa, nº 570 – Vila Clementino, São Paulo – CEP:04038-020
  • Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (DASA). Site: http://www.slaa.org.br/br/



Caso você esteja fora da cidade de São Paulo, a orientação é procurar um centro público de saúde mental ou clínicas psiquiátricas.




segunda-feira, 8 de junho de 2015

Ejaculação Precoce (EP)



Definição


  • Ejaculação que ocorre sempre ou quase sempre antes e até um minuto de penetração vaginal. Pode ser situacional, ocasional e permanente.

  • Ejaculação precoce é a incapacidade de retardar a ejaculação em todas ou quase todas as penetrações vaginais, e com consequências pessoais negativas, como a angústia, preocupação, frustração levando a evitar a intimidade sexual.


Ejaculação Anteportal

É o termo aplicado a homens que ejaculam antes da penetração vaginal e é considerada a forma mais grave de Ejaculação Precoce. Este tipo de ejaculação ocorre com maior frequência nos casais que estão tendo dificuldade em conceber filhos. Estima-se que entre 5% e 20% dos homens com Ejaculação Precoce permanente sofre de Ejaculação Precoce Anteportal.


Epidemiologia

A ejaculação precoce tem sido reconhecida como uma síndrome há mais de 100 anos. Apesar desta longa história, a prevalência da doença ainda não está claro. Essa ambiguidade deriva, em grande parte, da dificuldade em definir o que constitui a Ejaculação Precoce é sim uma forma relevante para a clínica. Definições vagas sem critérios operacionais específicos, diferentes modos de colheita de amostras, e aquisição de dados não-padronizados levaram a uma enorme variabilidade conceitual.

São várias as pesquisas médicas clínicas sobre o tema, acredita-se que a porcentagem de 20 a 30% dos homens tenham algum tipo de ejaculação precoce. Na faixa etária dos 18 aos 25 anos este grupo torna-se de maior número, melhorando naturalmente com o passar dos anos e experiências sexuais.


Imagem: site

Etiologia (Causas)

Classicamente a Ejaculação Precoce foi pensada como sendo de causa psicológica ou interpessoal baseada em grande parte devido à ansiedade ou condicionamento. Ao longo das duas décadas passadas, etiologias biológicas, neurobiológicas para a ejaculação precoce têm sido propostas. Fatores biológicos foram propostos por Myriad para explicar a Ejaculação Precoce, são eles: hipersensibilidade da glande, alta velocidade de condução do estímulo pelo nervo pudendo até a área cortical, Perturbações na neurotransmissão serotoninérgica central, dificuldades de ereção e outras comorbidades sexuais, Prostatite, desintoxicação de medicamentos, drogas recreativas, Síndrome de dor pélvica crônica e distúrbios da tireoide. É de notar que nenhuma destas etiologias foram confirmadas em estudos de grande escala.

A desregulação da serotonina como hipótese etiológica para Ejaculação Precoce ao longo da vida tem sido usada para explicar apenas uma pequena percentagem (2-5%) de queixas de Ejaculação Precoce na população em geral.

A dopamina e oxitocina também parecem desempenhar papéis importantes na ejaculação; o biologia destes neurotransmissores em relação a ejaculação é menos bem estudado, mas em ambos os estudos com animais parecem ter um efeito estimulador sobre a ejaculação.

Os estudos sobre a medula espinhal e a ejaculação precoce é um dos novos caminhos de pesquisa que no futuro poderá trazer alguma nova forma de tratamento.

As questões genéticas da Ejaculação Precoce vem sendo pesquisadas em especial na Holanda porém longe ainda para explicar por completo a Ejaculação Precoce.



Saiba mais sobre Ejaculação Precoce visitando o site www.aumentopenianodantas.com.br

domingo, 7 de junho de 2015

Somos todos iguais! (Love Has No Labels)


Idealizada pela Ad Council, organização que promove campanhas ligadas a causa sociais, em parceria com a agência R/GA, o esqueleto humano se transformou no símbolo da igualdade. Para provar essa ideia, uma tela digital gigante foi instalada na rua, nos Estados Unidos, funcionando como se fosse um raio X.

A ação, que foi organizada no Dia dos Namorados, mostrava dois esqueletos se beijando atrás do telão. Quando as duas pessoas saiam de trás do palco… PIMBA!, a tela ganhava outro significado. A primeira revelação foi um casal formado por duas mulheres. Em seguida, dois esqueletos dançantes que, quando se apresentavam para o público, mostravam ser um casal inter-racial. Pessoas de diferentes idades, gêneros, identidade e religião eram a estrela do telão digital.

O mote de Love Has No Labels é “Antes de mais nada, somos humanos. É hora de abraçar a diversidade. Vamos deixar de lado os rótulos em nome do amor”. A iniciativa visa ainda cutucar a cerne do preconceito enraizado, levando à reflexão em torno da percepção negativa das diferenças. . O público celebrava cada aparição com aplausos, sorrisos e lágrimas.


A campanha foi realizada em parceria com oito organizações que trabalham para dar visibilidade à diversidade. A Southern Poverty Lae Center, por exemplo, trabalha em prol de grupos marginalizados. Outro parceiro é a  The National Women’s Law Center, que luta pela igualdade de gênero, e também a The Human Rights Campaign, que foca na causa LGBT.




Fonte: http://signsilk.com.br/video-tela-digital-mostra-esqueletos-para-comprovar-que-somos-todos-iguais/

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Os cérebros dos homens e os cérebros das mulheres são "ligados de forma diferente"


Os cérebros dos homens e os cérebros das mulheres são conectados de diferentes formas, o que pode explicar porque os diferentes sexos se sobressaem em determinadas tarefas, dizem os pesquisadores.




A equipe dos EUA na Universidade da Pensilvânia escanearam os cérebros de cerca de 1.000 homens, mulheres, meninos e meninas e encontraram diferenças marcantes.

Os cérebros masculinos parecia ser ligado de frente para trás, com poucas conexões ponte entre os dois hemisférios.


Nas mulheres, as conexões eram atravessadas entre esquerda e direita.


Estas diferenças podem explicar por que os homens, em geral, tendem a ser melhor em aprender e realizar uma única tarefa, como andar de bicicleta ou a navegação, enquanto as mulheres são mais equipadas para multitarefa, dizem os pesquisadores na revista Proceedings revista da Academia Nacional de Ciências (PNAS ).


Os mesmos voluntários foram convidados a realizar uma série de testes cognitivos, e os resultados apareceram para apoiar esta idéia.


Mas os especialistas têm questionado se pode ser assim tão simples, argumentando que é um enorme salto para extrapolar a partir de diferenças anatômicas para tentar explicar a variação comportamental entre os sexos. Além disso, as conexões do cérebro não estão definidas e podem mudar ao longo da vida.


No estudo, as mulheres foram bem em atenção, palavra, memória facial, e cognição social, enquanto os homens tiveram melhor desempenho na velocidade de processamento espacial e senso-motor.


Olhando a conectividade do cérebro, os pesquisadores usaram um tipo de exame chamado DTI - uma técnica de imagem à base de água que pode rastrear e destacar os caminhos da fibra conectando as diferentes regiões do cérebro.


"Mapas detalhadas das conexões do cérebro não só irão nos ajudar a entender melhor as diferenças entre como homens e mulheres pensam, mas também nos dará mais conhecimento sobre as raízes de doenças neurológicas, que são frequentemente relacionados com o sexo."


Órgão complexo


Heidi Johansen Prof-Berg, um especialista britânico em neurociência na Universidade de Oxford, disse que o cérebro era complexo demais para ser um órgão capaz de fazer generalizações.


"Sabemos que não existe tal coisa como 'fiação' quando se trata de conexões cerebrais. As ligações podem mudar ao longo da vida, em resposta à experiência e aprendizagem.


"Muitas vezes, as abordagens matemáticas sofisticadas são usadas para analisar e descrever essas redes cerebrais. Estes métodos podem ser úteis para identificar as diferenças entre os grupos, mas é muitas vezes difícil de interpretar essas diferenças em termos biológicos."


Dr. Michael Bloomfield, Clinical Research Fellow no Centro Clínico Conselho de Pesquisa Médica Ciências em Londres, disse: "Ela tem sido conhecida há algum tempo que existem diferenças entre os sexos quando se trata de como nossos corpos trabalhar eo cérebro não é excepção.


No entanto, ele disse que é preciso ter cuidado ao tirar conclusões do estudo, como as relações precisas entre como os nossos cérebros estão conectados e nosso desempenho em tarefas específicas necessárias mais investigações.


"Nós não podemos dizer ainda que se está fazendo com que o outro.


"Além disso, a medida utilizada no estudo, chamado de" conectividade ", é apenas um aspecto de como nossos cérebros nosso fio.


"Nós pensamos que também pode haver diferenças em certas substâncias químicas no cérebro chamadas neurotransmissores, por exemplo, e por isso precisamos de mais pesquisas para entender completamente como todos estes diferentes aspectos da estrutura e função do cérebro trabalham em conjunto para responder a perguntas fundamentais como" como fazer nós pensamos?".


"Uma coisa que permanece desconhecido é o que está dirigindo estas diferenças entre os sexos. Uma possibilidade óbvia é que que os hormônios masculinos como a testosterona e hormônios femininos como o estrogreno têm diferentes efeitos sobre o cérebro.


"Uma possibilidade mais sutil é que trazer uma criança em um determinado sexo poderia afetar a forma como os nossos cérebros estão conectados."


Fonte: BBC