sexta-feira, 30 de julho de 2010

HOMENS PODEM APRESENTAR TRANSTORNOS ALIMENTARES

Os Transtornos Alimentares (TA's) são síndromes comportamentais que têm sido estudados e pesquisados nos últimos anos, os manuais de medicina ressaltam a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa como os principais.

As causas para os TA's são determinados por vários fatores que interagem entre si, por exemplo, história de transtornos psiquiátricos familiar, abuso sexual ou físico na infância, história de obesidade infantil seguida por dietas e restrição alimentar. Outros fatores como os socioculturais, fatores familiares, fatores cognitivos também estão presentes nos TA's.

Os sintomas dos TA's se iniciam com insatisfação corpórea. Essa insatisfação leva os pacientes a formularem pensamentos irreais sobre seu corpo, beleza, sucesso profissional e pessoal. Esses pensamentos acarretam sentimentos negativos sobre si mesmos, baixa autoestima, avaliação distorcida da realidade e de si. Esses pensamentos e sentimentos sugerem que esses pacientes usem métodos inadequados para perda de peso.

Segundo as pesquisas, alguns grupos de homens apresentam maiores probabilidades de desenvolver um TA. Por exemplo, profissões que estão ligadas com uma preocupação exagerada com peso ou forma corporal (bailarinos, modelos, jóqueis, ginastas...). No entanto, vale ressaltar que não é a escolha profissional o determinante dos TA's. Outro fator de risco importante é a orientação sexual. Nos EUA, 20% da população de homossexuais masculinos sofre de um TA. Porém, o pequeno número de pesquisas não nos permite qualquer afirmação nesse sentido.

Como é comum nos TA's a distorção da imagem corporal e a baixa autoestima, associadas a alterações endocrinológicas, podemos observar uma baixa de libido, um desinteresse sexual nos homens. Mas são dados clínicos e não de pesquisa.

A informação ainda é a maneira mais adequada de fazer a prevenção. A explicação dos riscos causados com o excesso de preocupação com a imagem corporal e os pensamentos distorcidos com beleza e sucesso pessoal e profissional.


quarta-feira, 28 de julho de 2010

CINCUNCISÃO EVITA O CONTAGIO PELO VÍRUS HIV

A circuncisão reduz em 60% o risco de infecção pelo vírus HIV, razão pela qual a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve promover a cirurgia em países africanos, embora reconheça que não é uma solução definitiva contra a doença. A proposta foi feita nesta terça-feira, 20, em Viena, pelo diretor regional da OMS em Brazzaville (Congo), David Okello, que disse haver "evidências científicas suficientes para promover a circuncisão como um dos métodos para prevenir a aids".

Okello alertou que a cirurgia, cuja operação custa aproximadamente US$ 50, não é um "preservativo natural" e que a intervenção cirúrgica deve ser acompanhada por um intenso trabalho de esclarecimento, principalmente sobre o uso de preservativos. A organização americana Population Services International (PSI), que faz circuncisões, já operou cerca de 60 mil homens desde 2008 em países africanos como Quênia, Suazilândia, Zâmbia, Botsuana e Zimbábue.

Pesquisas posteriores feitas com 6 mil homens revelaram que a intervenção reduziu o risco de infecção pelo vírus HIV. No entanto, as mulheres mantêm o mesmo risco de exposição à doença se tiverem relações sexuais sem proteção com homens circuncidados. Para Bill Gates, da Microsoft, que financia uma campanha de circuncisão na África "o custo de não fazer nada é muito superior ao dos programas de circuncisão".

Para Krishna Yaffo, diretora do PSI para o HIV, se 80% da população masculina da África Oriental e do Sul fizesse a circuncisão, "seria possível evitar, nos próximos 5 anos, cerca de 4 milhões de infecções" até 2025. Alcançar esses resultados representaria, segundo Yaffo, "uma economia de despesas de saúde de US$ 20 bilhões no mesmo período".

A iniciativa não está isenta de polêmica, e a organização americana Intact America (IA) faz coro com os críticos do método. "A promoção da circuncisão masculina promove uma mensagem errônea, cria um sentido equivocado de proteção e expõe as mulheres a mais riscos de se infectar com o HIV", declarou em comunicado a diretora do IA, Georganne Chapin.

"Os homens já fazem fila (na África) para ser circuncidados, acreditando que não precisariam mais usar o preservativo", disse Georganne.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A HORA DE REPENSAR A RELAÇÃO

Crise Conjugal - Repensar a Relação
Crise Conjugal - Repensar a Relação
Atualmente, a sociedade lida com a separação com mais naturalidade do que há algumas décadas. As crises conjugais não acontecem de repente, são construídas ao longo do tempo através das insatisfações, mágoas e ressentimentos que ocorrem na história do casal.

Cada casal tem o seu motivo para pensar na separação. Podem ser traições, ciúmes, vícios, violências, interferência familiar, sexo, dificuldades financeiras, ou simplesmente o descontentamento sobre o modo que a relação que foi construída.

Quando o dia-a-dia mostra que há mais dor do que prazer, mais mágoas do que alegrias, mais brigas do que conversas, a relação não está satisfatória. Nesse momento, é preciso cuidar do relacionamento para não transformar uma crise conjugal numa separação.

As pessoas buscam no casamento suas completude e idealizações em relação ao parceiro, mas em uma união isso ocorre apenas de modo parcial. Ao se frustrarem diante dessa parcialidade, muitas vezes elas não conseguem manter suas relações conjugais por não suportarem essas angústias.

Na separação, os desejos e as idealizações de cada cônjuge foram frustrados. Se o grau de frustração não é suportado, e deixar de viver com o parceiro torna-se uma solução possível para lidar com tais angústias. Há dor pela perda dos sonhos, dos desejos, das idealizações e da companhia do parceiro.

Crise Conjugal - Repensar a RelaçãoPor isso, a separação necessita de um trabalho de luto para ser vivenciado. Emoções como a raiva, tristeza, sentimentos de abandono, injustiça mobilizam os parceiros, cada qual com suas queixas e ressentimentos. Por fim, quando ocorre a aceitação do rompimento, surge a possibilidade de construir uma nova vida, e criar novos investimentos.

Não há uma hora certa para se separar. As dificuldades encontradas nas relações devem estar claras, e a partir disso, o casal deve buscar as soluções para os conflitos. A decisão pela separação deve ser tomada como o resultado de um processo.

É importante que o casal possa avaliar os significados tanto do casamento quanto da separação em suas vidas. Muitas vezes, o sofrimento é intenso nesse momento da vida, e nem sempre se dispõe da necessária tranquilidade para uma decisão adequada. A ajuda psicológica através de um profissional especializado é importante para que a relação caminhe para uma trilha mais adequada aos parceiros.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

DIA INTERNACIONAL DO HOMEM

Dados estatísticos comprovam que os homens procuram muito menos o serviço médico do que as mulheres. Geralmente, eles só vão ao médico quando não tem mais jeito, o que pode aumentar muito as chances de morte. A cada três óbitos no Brasil, dois são de pessoas do sexo masculino. Eles vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres e ainda convivem mais com problemas de pressão alta, diabetes, colesterol elevado, de coração e câncer.

Procurar mais o médico e se submeter a check-up anual e outros exames não é “frescura”. Essa rotina permite a prevenção e a detecção precoce de doenças. O programa de saúde do homem não é só a detecção precoce de câncer de próstata. É todo um conjunto, inclusive com doenças crônico-degenerativas e cardiovasculares. Se o homem não faz o check-up em um ano, pode perder um tempo precioso de possibilidade de detecção precoce de qualquer doença.

Além da informação, é necessário dar ao homem brasileiro condições de acessar o serviço médico, composto por profissionais capacitados e sensíveis a este problema. Por isso, o Plano Nacional de Saúde do Homem, do Ministério da Saúde, não abrange apenas a conscientização da população.

A política tem nove eixos de ação, com projetos que serão executados até 2011. Entre as medidas estão o aumento de até 570% no valor repassado por procedimentos urológicos e de planejamento familiar; crescimento em até 20% no número de ultra-sonografias de próstata; destino de R$ 455 milhões para capacitação e treinamento de profissionais de saúde; e recursos para a compra de equipamentos.

Câncer

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que ocorrem cerca de 47 mil casos de câncer de próstata no país a cada ano e, entre 1979 e 2004, houve aumento de 95,48% na taxa de mortalidade por essa doença. Além disso, o Brasil é campeão no número de casos de câncer de pênis, que pode causar amputação e morte do paciente.

Apesar disso, os homens resistem a ir ao médico e a fazer exames. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) acredita que a chave para mudar este quadro é a informação. Iniciativas como palestras de esclarecimento e apoio promovidas pelas igrejas para membros e moradores da região – a exemplo do que já ocorre quando o tema é mulher – podem ajudar na melhoria da qualidade de vida dos homens brasileiros.