A Food and Drugs Administration (FDA), agência que regulamenta os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos, deu o seu aval na terça-feira para a comercialização do flibanserin, também chamado "o primeiro Viagra feminino", produzido pelo grupo Sprout Pharmaceuticals, e que se destina às mulheres na pré-menopausa que sofrem de falta de desejo sexual. O medicamento será vendido com o nome Addyi.
"A decisão dá às mulheres preocupadas com seu baixo desejo sexual uma opção de tratamento aprovado", disse Janet Woodcock, diretora do Centro para a Avaliação e Pesquisas da FDA.
A FDA aprovou o Addyi especificamente para uma condição conhecida como "distúrbio de desejo sexual hipoativo generalizado adquirido (HSDD, na sigla em inglês)", que provoca a perda súbita e severa da libido, explica a agência em comunicado.
O distúrbio pode desenvolver-se em mulheres sexualmente ativas anteriormente, o que provoca angústia e problemas de relacionamento, "e não se deve a uma condição médica ou psiquiátrica coexistente, a problemas no relacionamento ou a efeitos de uma medicação ou a uma outra substância".
"Antes da aprovação do Addyi, não havia tratamentos aprovados pela FDA para distúrbios relacionados com o desejo sexual em homens ou mulheres", diz ainda a agência.
O medicamento, um agente não hormonal que atua nos neuro-transmissores do cérebro, não deve ser ingerido com álcool e só vai estar disponível nas farmácias certificadas devido às sérias interações potenciais que este pode ter com o álcool, incluindo efeitos secundários como náuseas, sonolência, queda severa da pressão arterial e desmaios.
"Os pacientes e os médicos que o prescreverem vão ter que perceber totalmente os riscos associados à utilização do Addyi antes de considerar o tratamento", acrescentou Woodcock.
Alguns especialistas levantaram questões sobre os riscos associados deste novo medicamento com o câncer de mama, observados em dois estudos com animais de laboratório.
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