quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

VARICOCELES

Cerca de 10% da população masculina é portadora da varicocele, doença cuja principal característica acontece com a dilatação das veias que drenam o sangue da região dos testículos. Ela provoca ainda o acúmulo de substâncias nocivas ao órgão e o aumento da temperatura local, levando a uma diminuição na produção de espermatozoides.

De acordo com urologistas, a maioria dos homens convive com a varicocele sem problemas, e apenas 15% podem ter a fertilidade comprometida. A falta de hábito dos homens em realizar consultas periódicas dificultam em muito a descoberta do problema. Fato que muitas vezes só é detectado quando o casal pretende ter filhos e a mulher não consegue.

Varicoceles

Principais causas da doença

A varicocele é uma doença genética e se dá através da falência ou deficiência das válvulas existentes na veia testicular. Estando em perfeito funcionamento, o sangue passa pelas válvulas e elas se fecham para que o líquido não retorne. O que provoca a má drenagem do sangue é a deficiência, pois o acúmulo nos testículos força de maneira acentuada as veias, provocando a dilatação.

Quando se é portador da varicocele, o líquido geralmente não tem uma boa circulação, provocando dilatação nos vasos e a consequência é o acúmulo de substâncias nocivas nos testículos, bem como o aumento de sua temperatura, provocando a diminuição da produção de espermatozoides. Essa diminuição vai afetar diretamente a fertilização dos óvulos.

Alguns especialistas em urologia fazem ainda um alerta aos homens viciados na prática da musculação. Esta atividade pode algumas vezes, ajudar no aparecimento do problema de varicocele. Isto porque a grande maioria dos adeptos da musculação, normalmente ansiosos em modelar e remodelar o corpo de forma mais rápida tende a abusar dos pesos usados durante esta prática. Se uma pessoa possui uma estrutura física não muito avantajada, normalmente usa durante os exercícios pesos acima do que o próprio corpo suporta. Com isso, o esforço do próprio corpo é maior do que na realidade ele suporta, gerando assim uma carga extra de peso, o que pode facilitar o aparecimento da varicocele.


Sintomas mais frequentes

A primeira manifestação da varicocele é a dilatação das veias, especialmente do testículo esquerdo, bem como a diminuição do testículo atingido, pois ela atrofia os tubos seminíferos, tornando o testículo doente menor e mais mole. Podem ocorrer também dores no órgão afetado e até mesmo as alterações estéticas na região escrotal, como os famosos inchaços, deixando às vezes, um lado do escroto maior do que o outro.

As manifestações da doença ocorrem na adolescência e apesar de não regredir, pode-se estabilizar ou aumentar. A descoberta da varicocele, às vezes só acontece quando o homem não consegue engravidar a sua parceira.

Os exames para detectar a doença são feitos através de apalpação do cordão espermático ou da ultra-sonografia testicular, onde se documenta a dilatação das veias. Quanto ao problema da fertilidade antes e depois do tratamento, faz-se o espermograma, que se confirmada a doença , será utilizado os procedimentos cirúrgicos.

Com a cirurgia, a veia testicular será interrompida, forçando a drenagem do sangue para outras veias da região pélvica. A partir desses procedimentos, a circulação será normalizada e o órgão voltará a produzir espermatozoides.

A indicação clássica de cirurgia para correção da varicocele se faz quando um paciente está com dificuldades de engravidar a sua parceira que pode ser corrigida cirurgicamente, melhora com muita frequência a qualidade do espermograma. Porém, os urologistas, não podem dar garantia que a gravidez possa acontecer. Em alguns casos, os homens são operados devido à dor testicular, devendo haver mais critério neste tipo de indicação, uma vez que a dor pode ter outros fatores determinantes. A cirurgia pode acontecer ainda quando surgem as alterações estéticas. Embora este tipo de cirurgia ainda dá margem a várias discussões, os estudiosos sempre destacam que ela deve ser efetuada ainda no período da adolescência. 

Fonte: http://www.boasaude.uol.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário