quarta-feira, 28 de abril de 2010

Traição: perdoar ou não?

Perdoar uma traição não é uma das coisas mais fáceis de fazer. É preciso gostar muito e acreditar que vale a pena investir na relação para que esse processo aconteça de verdade. Sim, é um processo e exige muita paciência da parte do traidor, assim como um enorme investimento de energia de ambos.

Em primeiro lugar, temos que saber o motivo da traição, o que fez com que o cônjuge procurasse ou simplesmente deixasse se envolver por outra pessoa mesmo estando compromissado com seu parceiro.

Muitos podem ser os motivos, mas nem por isso estou justificando o fato. Em geral o relacionamento já vem se desgastando há algum tempo e ambos não se dão conta disso, estão acomodados na rotina e convivência diária. Não percebem que, no fundo, o sentimento pelo outro está desgastado, enfraquecido, e não o alimentam. A vida sexual já não é como antes, a vida corrida e atribulada do dia-a-dia faz com que o casal quase não tenha tempo para si, distanciando-se cada vez mais; deixando de lado os momentos românticos e atitudes gostosas que um dia foram importantes na conquista de um pelo outro.

De repente alguém novo aparece, elogiando como você está vestida, reparando que cortou o cabelo, valorizando atitudes pequenas, interessado em sua vida, com um papo gostoso que flui, sem reparar em suas manias e defeitos. Difícil resistir, certo? Pois é aí que entra nossa consciência com o "superego" dizendo: "Não faça isso, você é casada (o)!", ou o "id" contrapondo: "Vá fundo, o que você tem a perder?". Podemos nos sentir atraídos por outras pessoas fora do casamento, mas temos a opção de nos deixar levar ou não por esse desejo, muitas vezes quase irresistível.

Bem, você caiu em tentação. Dá pra perdoar? Tudo depende...

Já presenciei várias histórias de casais que se aproximaram como nunca após um episódio de traição. Isso é possível quando, após a descoberta do fato, ambos se propõem a discutir profundamente sobre tudo que não está bom na relação, através de uma terapia de casal. Eles se comprometem a mudar, recomeçando o casamento. Sim, é um recomeço e requer muito trabalho até o traído voltar a sentir confiança em quem o traiu.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos casais em crise é a falta de diálogo, o acúmulo de situações desagradáveis para ambos que não podem ser expressas pelo medo da reação do parceiro. O medo de magoar ou causar uma discussão indesejável acaba instalando o silêncio, que com o tempo só prejudica o casal. Não se fala do que não está bom, acumulam-se insatisfações e frustrações, o que pode dar margem à vontade de estar com alguém que não o frustre tanto.

Entender os motivos que levaram uma pessoa a trair provocará uma auto-avaliação de cada um na relação, e fará com que ambos assumam sua responsabilidade na manutenção do amor. É preciso alimentá-lo sempre!

Só cabe o perdão onde ainda existe amor e o arrependimento sincero de quem traiu. É possível reconstruir uma relação pautada em novos moldes de funcionamento, e em especial, num diálogo franco e atitudes transparentes. Quem disse que é fácil manter um casamento feliz sem momentos de crise? O importante é saber superá-las e tirar o maior proveito para nosso crescimento.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Indonésios que aumentam tamanho do pênis são impedidos de servir o Exército

Jacarta, 26 abr (EFE). - Os indonésios que tenham se submetido a um processo de aumento do pênis não poderão se apresentar para os testes de acesso da Polícia e do Exército porque seu órgão sexual poderia resultar um "obstáculo", informou hoje a imprensa local.

Assim explicou o chefe da Polícia Nacional em Papua, Bekto Suprapto, ressaltando que este procedimento, seja por intervenção cirúrgica ou por métodos tradicionais, pode representar um "impedimento na hora de treinar".

"Se (o candidato) o fez, será considerado como 'não apto' para ingressar na Polícia e no Exército", afirmou ao explicar o novo regulamento de admissão de pessoal.

A medida é especialmente dirigida aos membros de vários grupos étnicos papuanos, que costumam esfregar seus órgãos sexuais com a folha urticante de uma árvore chamada "gatal-gatal" que produz um forte inchaço, segundo o jornal "The Jakarta Globe".

Além disso, a Polícia e o Exército indonésios devem descartar todos os candidatos que sofram de algum tipo de doença sexualmente transmissível.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Perda do desejo sexual afeta a saúde da mulher

síndrome do desejo sexual hipoativo
Normalmente, as mulheres que sofrem com a síndrome DSH perdem gradativamente a vontade sexual
A desculpa da dor de cabeça, nem sempre, é uma escolha. Muitas mulheres sofrem de uma disfunção que inibe a vontade de fazer sexo, a síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH). O problema, além de trazer instabilidade conjugal, pode atrapalhar a saúde. Cansaço, indisposição, briga com o parceiro, envolvimento com o trabalho, podem tirar o foco da vida sexual, porém, a ausência de vontade por muito tempo pode sinalizar o problema. "A mulher vive sob influência de ciclos e é muito suscetível às diferentes fases pelas quais passa: menstruação, gravidez, menopausa. Por isso, o desejo delas por sexo varia de acordo com esses ciclos. É natural, mas a mulher precisa ficar atenta, caso isso se repita por muito tempo", explica a psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, do projeto Afrodite, da Unifesp.

A disfunção é mais comum do que se imagina. A síndrome do desejo sexual hipoativo faz com que 35% das mulheres brasileiras vá para cama com o parceiro apenas para dormir, sem sentir a menor falta do relacionamento sexual. A síndrome é considerada séria pelos médicos, na medida em que afeta a saúde das mulheres, deixando-as mais fragilizadas. Mas a DSH não acontece de uma hora para outra. Normalmente, as mulheres que sofrem com a síndrome perdem gradativamente a vontade sexual. As causas dessa diminuição podem ser tanto físicas como psicológicas.

Causas físicas

A jornada extensa de afazeres pode impactar a saúde sexual. "As mulheres começaram a assumir multifunções. Precisam ser mães, esposas, cuidar da casa, da comida e trabalhar fora. Isso tudo eleva os níveis de estresse, aumentando os níveis de adrenalina e de cortisol no corpo, hormônios que provocam a diminuição da libido", explica a psicóloga Arlete Gavranic, terapeuta sexual do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp).

Além do estresse, a depressão também é uma das razões que leva as mulheres a perderem a disposição, inclusive para o sexo. O desgaste físico e psicológico proporcionados pela depressão influencia negativamente o comportamento da mulher, mas também os remédios antidepressivos, assim como alguns tipos de anticoncepcionais, também levam a diminuição da vontade sexual. Nesses casos, a melhor solução é o tratamento com remédios que não causem esse efeito.

Alterações hormonais, provocadas por algumas doenças ou pela menopausa podem ser a causa da DSH. "Quando ocorre diminuição dos níveis de testosterona, hormônio responsável pelo desejo sexual, a vontade por sexo fica reduzida. O ideal é que seja feita a reposição, através da indicação médica, por meio de medicamentos para que não afetem a vida sexual da mulher", explica Maria Claudia.

Causas psicológicas

De acordo com a sexóloga Maria Claudia, as causas psicológicas são as grandes responsáveis pela síndrome DSH, uma vez que as mulheres são muito sensíveis e, em geral, não conseguem separar problemas mal resolvidos do prazer sexual. "Problemas como a dificuldade de relacionamento com o parceiro, falta de confiança, mágoa ou frustrações acumuladas, baixa autoestima, desvalorização, entre outros fatores derivados dos relacionamentos pessoais fazem com que as mulheres passem a considerar o sexo como algo inviável em sua vida", explica a especialista da Unifesp.

Geralmente, essas frustrações acontecem com mulheres mais velhas, porém, a síndrome do desejo sexual hipoativo afeta também muitas mulheres jovens. Quando isso ocorre, é normalmente decorrência de uma educação repressiva, que trata o assunto sexo como tabu ou de questões religiosas, que reprimem o prazer sexual. "Isso tende a deixar o entusiasmo e o nível de energia da mulher jovem reduzidos, na medida em que ela não entende as transformações internas pelas quais seu corpo passa", esclarece Maria Claudia.

No caso de problemas psicológicos, o tratamento mais aconselhado é a terapia sexual, que vai trabalhar os aspectos ligados à educação sexual, a desmistificação das práticas sexuais, o enfoque corporal e a conscientização dos benefícios e problemas. "Em geral, esses tratamentos são lentos, demorando de seis meses a um ano, mas são eficientes, uma vez que a mudança ocorre de dentro para fora", diz a especialista da Unifesp.

O maior desafio da medicina nessa área é a invenção de medicamentos que estimulem o desejo sexual feminino. Diferentemente dos homens, nas mulheres a vascularização da região vaginal não é o motivo da disfunção, pelo fato da diminuição da libido estar associada às emoções. Por isso, a psicoterapia com um especialista em sexualidade ainda é a forma mais garantida de tratamento.

Falta de vontade ou DSH?

O fato de a mulher não ter vontade de fazer sexo todo dia não que dizer que ela está sofrendo da síndrome do desejo hipoativo. Para chegar a esse estágio, a mulher tem que estar muito tempo imersa no processo de recusa sexual, meses e até anos. As mulheres que sofrem com isso, costumam demorar para perceber, já que a diminuição do desejo ocorre lentamente. A terapeuta sexual Arlete Gavranic recomenda que as mulheres que começam a notar falta de desejo sexual, façam uma autoavaliação, que contenham as seguintes perguntas:

  • Com que frequência eu me recuso a ter relações sexuais?
  • Sinto preguiça na hora que estou com meu parceiro?
  • Costumo investir ou ter vontade de investir em produtos que aumentam a energia sexual, como lingeries, objetos eróticos ou livros e revistas que tratem do assunto?
  • Qual a qualidade do meu relacionamento a dois?


Não deixe que problemas emocionais atrapalhem sua vida sexual.

Como a DSH está ligada basicamente às emoções é possível tomar medidas que contribuam para a constante estimulação sexual. "É importante se permitir conhecer o corpo, aprender a pensar que o interesse por sexo não é vergonhoso, e muito menos a prática dele, viver bem com o próprio corpo e aceitar as mudanças que acontecem naturalmente com o envelhecimento, descobrir que é possível ser sensual em qualquer fase da vida e, principalmente, limpar a "lixeira emocional" para que as mágoas e tristezas não fiquem acumuladas e causem mal para a saúde", explica a terapeuta sexual Arlete Gavranic.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Educação sexual é feita de forma eficiente?

A necessidade de mudar a metodologia da educação sexual para crianças e jovens crescerem emocionalmente e fisicamente mais saudáveis é consenso entre educadores e cientistas. O desafio se torna ainda mais emergencial diante dos resultados como os de pesquisa feita no México que aponta o avanço da Aids entre jovens heterossexuais menores de 25 anos. Naquele país o governo gasta US$ 20 milhões ao ano com medicamentos contra a doença.

Uma das soluções é investir na educação sexual dos adultos. Embora seja importante esclarecer e educar crianças e jovens, nesta faixa etária o aprendizado acontece mais através de exemplos e referências adultas. Não adianta falar sobre sexo na escola se em casa os adultos não souberem como tratar o tema de forma natural e educativa.

Sem referência segura, os jovens se encontram abandonados às próprias decisões e consequências. Da pré-adolescência à fase adulta, o jovem enfrenta uma revolução emocional e física. É nesta época que a libido está mais alta fazendo com que o número de parceiros sexuais seja maior, aumentando os riscos do contágio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

Preparar os adultos é mais complicado do que criar uma metodologia eficiente para jovens e adolescentes. O adulto já ''formatou'' seu modo de pensar e sentir o assunto, baseado na sua vivência. Romper este paradigma pessoal para permitir que a pessoa passe a ter uma visão diferente de si mesma e do mundo é o maior desafio.

Por isso é muito importante a abordagem ser individual. O primeiro passo é capacitar médicos e profissionais de saúde de todas as áreas para serem capazes de diagnosticar a presença de distúrbios sexuais. Esta abordagem ajuda o indivíduo a encontrar o equilíbrio, melhorando inclusive sua auto-estima. A mudança ajudaria a criar adultos capazes de dar o apoio necessário aos jovens dentro de casa.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Quem não se comunica, se trumbica!

Quando um casal se conhece, não para de conversar! O assunto parece que não acaba nunca! Os dois contam tudo o que lhes acontecem. Falam de passado, presente e futuro. Falam de sonhos, desejos e preferências. Mas depois de algum tempo, vão perdendo o ritmo e deixam a comunicação esfriar! Saiba o que fazer para não cair nessa armadilha!

Sábio Chacrinha! Sua célebre assertiva merece ser repetida, especialmente quando o assunto é relacionamento! Afinal, não há amor à primeira vista ou atração fatal que resista a um casal que não consegue conversar, que não consegue falar sobre si, seus desejos e planos.

Outro dia, li num jornal de grande circulação que a Madonna havia terminado seu relacionamento de cerca de um ano com o modelo brasileiro Jesus por falta de assunto. E fiquei pensando sobre o que acontece com tantos casais que, depois de algum tempo juntos, parecem que já não sabem o que dizer, como dizer ou talvez até por que dizer qualquer coisa um ao outro.

Partindo do princípio de que amor é sinônimo de intimidade e cumplicidade, creio que seja praticamente condição sine qua non que o casal troque confidências, confie um no outro a ponto de lhe contar o que aconteceu de interessante no dia, entre outros detalhes para que o laço de afeto se fortaleça e se sustente...

Porém, para que essa comunicação exista, é preciso disponibilidade de ambos. O casal precisa querer manter um vínculo que é muito mais sutil e, não raro, mais forte que aquele que se consegue dividindo a mesma cama, a mesma mesa e o mesmo teto. Isso porque costumamos entrar no “piloto automático” e simplesmente deixar a vida rolar, dia após dia, sem nos darmos conta das escolhas que fazemos a cada palavra proferida, a cada olhar e até mesmo do silêncio que se instala sorrateiramente...

Acreditamos, ingenuamente, que o fato de dormirmos e acordarmos juntos todos os dias já é suficiente para garantir o relacionamento. E assim, milhares de casais vão levando a relação por 20, 30, 50 anos. Mas a que preço? À custa de quanto vazio, quanta tristeza, quanta mágoa?

Até os casais que se entendem muito bem sexualmente podem ter problemas na hora em que começam a conversar. Diante dos temas mais banais, terminam discutindo por bobagem, discordando um do outro por questões tolas, e isso nada mais é que a revelação indireta de que algo está mal resolvido entre eles. Algo não foi dito, não foi conversado, certamente.

O fato é o seguinte: em qualquer relacionamento, mas principalmente no amoroso, comunicação é essencial! Acredite! Quem não se comunica, se trumbica de verdade! Não tem saída! Não há paliativos! É preciso investir no diálogo. E se a grande questão for “como?”, vou tentar ajudar...
Comunicação Casal
"um fala e o outro, nesse momento, precisa realmente escutar"
Comunicação pode ser resumida de um modo muito simples, para que se comece a entender como é que a coisa funciona: um fala e o outro, nesse momento, precisa realmente escutar. Escutar com interesse, escutar com atenção, escutar com o coração aberto! E não escutar como a maioria de nós escuta, ou seja, já pensando no que vai responder, totalmente interessado em ter razão, em derrubar o argumento do outro, em provar que ele está errado!

Assim, minha gente, não há comunicação que dê resultado! Não há relacionamento que seja harmonioso! Não há conversa que acabe em conciliação e satisfação. Por mais que um pareça estar com a razão e o outro, equivocado, o final dessa dinâmica é sempre ruim. Porque a sensação que fica é de que conversar não adianta nada. De que nunca se consegue chegar a um consenso e falar, em última instância, é pura perda de tempo!

E assim, alimentando essa crença desastrosa, os casais vão se falando cada vez menos, se ouvindo cada vez menos e se sentindo cada vez mais sozinhos, mais descasados. O que antes era uma comunhão, uma parceria e uma troca, agora virou silêncio, saudade e solidão!

Se você quer mudar o rumo dessa história, sugiro que comece a ouvir. É, eu sei que você vai dizer que é o outro quem não te escuta, não te dá atenção e nunca está interessado no que você tem a dizer. Talvez seja mesmo, mas isso não importa agora! Se você realmente deseja recuperar a motivação desse amor, disponha-se a ouvir com todo o seu ser! Pare tudo e arrisque: “eu gostaria de saber, de verdade, como você gostaria que eu agisse, o que gostaria que eu fizesse para que você se sinta mais feliz?”. E ouça a resposta! Demore ela o quanto demorar, doa o quanto doer, escute a resposta!

Certamente, virão críticas, acusações, ressentimentos passados, sujeiras serão retiradas debaixo do tapete e você sentirá vontade de se defender inúmeras vezes. Mas não faça isso! Agora não é o momento! Agora é hora de ouvir atentamente tudo o que o outro tem a dizer. Esteja interessado realmente em saber o que você tem feito, dia após dia, que o tem magoado tão profundamente. E, mais do que isso, esteja realmente disposto a fazer diferente, pelo bem dessa relação, pelo bem do amor!

Fácil? Com certeza, não! Mas é a sua única chance, caso queira fugir das velhas e conhecidas soluções-relâmpago, isto é, o que a maioria das pessoas fazem: ou fingem que nada está acontecendo e vão empurrando a relação com a barriga, conformando-se anos a fio de que casamento é assim mesmo. Ou trocam de parceiro, separam-se e se casam de novo, numa ilusão insana de que desta vez vai dar certo!

Pode até ser que dê, mas se der, eu posso apostar todas as minhas fichas de que, desta vez, houve diálogo e a comunicação foi soberana! Caso contrário, sinto em lhe informar: vai se trumbicar de novo!!!

Rosana Braga é jornalista, palestrante, consultora de relacionamentos e autora dos livros FAÇA O AMOR VALER A PENA e O PODER DA GENTILEZA.