Originado na Índia há cinco mil anos, o Tantra, que significa "o que conduz ao conhecimento", é, segundo a especialista em artes eróticas orientais Celine Imaguire, um estudo do êxtase e de como atingir o melhor orgasmo. "Uma das funções do sexo tântrico é adiar ao máximo o orgasmo e, no caso do homem, a ejaculação", explica a pompoarista Regina Racco. Mas você não sai perdendo! Tudo é em nome do prazer prolongado. Segurando o orgasmo, toda a energia retida, quando liberada, será como uma explosão orgástica de proporções nucleares.
No entanto, Tantra não é só isso - intensificar e prolongar orgasmos por horas e horas. É, também, a arte de se conhecer com a ajuda do parceiro. "É um caminho de autoconhecimento que leva ao crescimento do indivíduo e do casal", garante Regina.
De acordo com Prem Abodha, discípulo de Osho (líder espiritual indiano) e coordenador do Centro de Meditação de Osho no Rio de Janeiro, o Tantra é mais uma ciência do interior do que uma filosofia. Ele explica que a compreensão tântrica exclui a dualidade, isto é, não há dicotomia bem x mal, matéria x espírito, profano x sagrado etc. "Para o Tantra, tudo é sagrado e faz parte de uma unidade. A matéria é a manifestação mais densa do espírito, mas não existe em oposição a ele. O sexo é apenas a primeira manifestação da energia, o primeiro degrau da escada e, se você quer crescer, evoluir, se transformar, você não pode negar a base ou lutar contra ela", esclarece Prem Abodah.
Em tese, o sexo tântrico deve durar pelo menos duas horas e é dividido em sete etapas: preparação do ambiente para promover a circulação de energia, com incensos, flores, frutas e música; exploração dos sentidos, com vendas nos olhos, aromas, licores e toques; estímulo da energia sexual (kundalini), buscando a transcendência espiritual; distribuição da energia pelo corpo inteiro através de toques e, por último, controle do orgasmo - para prolongar o ato sexual, muitas carícias, beijos, sexo oral, pompoarismo e até mesmo danças.
O Tantra sexual envolve, ainda, meditação e técnicas respiratórias. Tudo num ritmo muito zen, mas que promete levar às alturas. "Não deve haver nenhuma meta, nenhuma pressa. O sexo não deve ser tomado como um meio, mas como um fim em si mesmo. Normalmente é um ato apressado, você está usando o outro; o outro está usando você - um explorando o outro e não um se dissolvendo no outro", ressalta Prem Abodha, discípulo de Osho.
De acordo com ele, a profundidade da sua experiência sexual decidirá a profundidade de todas as suas experiências. "Se a pessoa não puder penetrar profundamente na experiência sexual - com total consciência, sem julgamento e sem medo - ela não poderá penetrar mais fundo em qualquer outra coisa, porque o sexo é a experiência mais fundamental", explica o Prem Abodha.
Fonte: bolsademulher.com
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