Robert Spitzer |
Morreu no dia 25 de dezembro, em Seattle, EUA, por parada cardíaca, Robert Spitzer, o psiquiatra que ousou dizer que a homossexualidade não era uma doença. O homem que na década de 70 defendeu que a homossexualidade não deveria ser considerada uma doença e colocou sua carreira de sucesso em defesa de uma minoria. Seu estudo motivou a despatologização da orientação sexual homo e bi em todo mundo e com isso a esperança de direitos iguais aos gays, lésbicas e bissexuais. Portador do mal de Parkinson, Spitzer vivia com limitações há quase uma década.
A homossexualidade, depois de considerada historicamente como pecado e crime no Ocidente, ainda era chamada de “transtorno antissocial da personalidade” pela ciência, até 1978 quando a Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, que retirou o termo e considerou a homossexualidade uma variante natural da sexualidade humana, assim como a heterossexualidade. O manual, que revolucionou a psiquiatria e psicologia ao padronizar os diagnósticos, propondo formas empíricas de se detectar as enfermidade, inclui o “distúrbio de orientação sexual” - quando o paciente está descontente com sua orientação sexual, seja hétero ou homo. “Um transtorno médico deve estar associado a uma angústia subjetiva, sofrimento ou incapacidade da função social”, declarou o médico que foi um dos organizadores da publicação.
Em 1990, a Organização Mundial da Saúde também retirou o termo na edição do Código Internacional de Doenças, CID 10, sendo considerado um marco nos direitos LGBT.
A história de Spitzer como herói só não foi perfeita pois nos anos 2000 ele chegou a defender as terapias de reversão da sexualidade, em estudos que apontavam como fazer homossexuais virarem heterossexuais por meio de sugestão e repressão, ou seja a "cura" gay. Mais tarde, ele reconheceu seu erro, ao qual considerou o único arrependimento de sua vida. Spitzer é considerado o pai da psiquiatria moderna, um gênio em sua profissão e o maior profissional de seu tempo. Muito devemos a ele.
A homossexualidade, depois de considerada historicamente como pecado e crime no Ocidente, ainda era chamada de “transtorno antissocial da personalidade” pela ciência, até 1978 quando a Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, que retirou o termo e considerou a homossexualidade uma variante natural da sexualidade humana, assim como a heterossexualidade. O manual, que revolucionou a psiquiatria e psicologia ao padronizar os diagnósticos, propondo formas empíricas de se detectar as enfermidade, inclui o “distúrbio de orientação sexual” - quando o paciente está descontente com sua orientação sexual, seja hétero ou homo. “Um transtorno médico deve estar associado a uma angústia subjetiva, sofrimento ou incapacidade da função social”, declarou o médico que foi um dos organizadores da publicação.
Em 1990, a Organização Mundial da Saúde também retirou o termo na edição do Código Internacional de Doenças, CID 10, sendo considerado um marco nos direitos LGBT.
A história de Spitzer como herói só não foi perfeita pois nos anos 2000 ele chegou a defender as terapias de reversão da sexualidade, em estudos que apontavam como fazer homossexuais virarem heterossexuais por meio de sugestão e repressão, ou seja a "cura" gay. Mais tarde, ele reconheceu seu erro, ao qual considerou o único arrependimento de sua vida. Spitzer é considerado o pai da psiquiatria moderna, um gênio em sua profissão e o maior profissional de seu tempo. Muito devemos a ele.
Fonte: Revista Lado A
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