terça-feira, 30 de novembro de 2010

QUEM BEBE SOCIALMENTE PODE TER PROBLEMA DE EREÇÃO?


O alcoolismo crônico pode causar disfunção erétil permanente?
O alcoolismo crônico, entendendo-se por crônico como todo indivíduo que consome bebidas alcoólicas por dependência química e já com sequelas do tipo “ansiedade, insegurança, tremores de extremidades”, entre outras, pode, sim, causar disfunção erétil permanente.

Bebedores sociais podem sofrer problemas de ereção? Por quê?
Bebedores sociais ou consumidores de bebidas alcoólicas ocasionalmente, sem sentirem-se dependentes, podem, sim, desenvolver episódios de disfunção erétil, devido aos transtornos emocionais e psíquicos desencadeados pelo excesso de álcool no sangue. São episódios nos quais o indivíduo ultrapassa o limite tolerável pelo organismo, levando a alguns desequilíbrios e transtornos passageiros.

Alguns jovens utilizam o medicamento para disfunção erétil juntamente com o álcool. Que males esta prática pode causar nesses jovens?
Não há interação negativa com bebidas alcoólicas e certos medicamentos comercializados que têm ação eretogênica, isto é, que induzem a ereção peniana. Entretanto os indivíduos jovens que fazem uso dessa combinação buscam aumentar as expectativas e as fantasias sexuais, que nem sempre são atingidas. O maior mal é o indivíduo lançar mão desses artifícios para atingir um grau de satisfação sexual, que na maioria das vezes será frustrante. O maior dano é psicológico!

O álcool é capaz de “cortar” o efeito de medicamentos para disfunção erétil?
A bebida alcoólica, quando ingerida, deve ser de acordo com a tolerância individual de cada pessoa. Ultrapassar a quantidade considerada como tolerante para o indivíduo passará a provocar efeitos nocivos, tais como: incoordenação motora, diminuição e até perda dos reflexos, diminuição da sensibilidade tátil, olfativa e visual, etc. Tudo isso irá agir contra um bom desempenho sexual.

Qual a quantidade de álcool tolerável para que não haja prejuízos na relação sexual?
A tolerância alcoólica é algo muito individual. A embriaguês é uma opção quando não há dependência química configurada. A quantidade ingerida capaz de descontrair a pessoa e deixá-la menos tensa, porém com domínios próprios dos sentidos e impulsos, seria considerada como tolerável. Passando disso, pode-se considerar intolerável e nociva. A pessoa pode ter amnésia, agressividade, desequilíbrios emocionais imprevisíveis, que podem gerar riscos pelas consequências também imprevisíveis.

E a mulher? Ela também sofre alterações sexuais ao consumir o álcool?
Sim, a mulher também pode desinibir-se, sentir-se mais à vontade, mais espontânea, mas, da mesma forma que o homem, pode sofrer os efeitos adversos (nocivos) do excesso de ingestão alcoólica. O limite ou grau de tolerância deve ser conhecido individualmente.

O álcool é capaz de aumentar a libido?
A bebida alcoólica não tem a propriedade ou função no organismo de aumentar a libido sexual. O que a bebida alcoólica pode fazer para certas pessoas, isto é, nem todos reagem da mesma forma ou toleram a bebida alcoólica, é desinibir, descontrair pessoas que se sintam inibidas quando estão próximas de quem desejam ou admiram. A libido é algo intrínseco e fisiológico, que pode manifestar-se mais ou menos, de acordo com a formação cultural da pessoa. A libido é uma manifestação biológica e psíquica, fisiologicamente dependente do comportamento e da educação, crenças e costumes da pessoa, podendo ser modulada pela sua intensidade e capacidade individual de dominar a impulsividade e a racionalidade em relação ao desejo afetivo e a atração por outra pessoa.

Prof. Dr. Antonio Barbosa de Oliveira Filho é médico urologista mestre em Ciência da Saúde pela FAMERP e doutor em Ciências pela UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo. CRM 36126
Fonte: http://www.idmed.com.br/

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