sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Aprendendo a conhecer o próprio corpo

Hoje vamos tratar de um assunto que nem sempre é compreendido ou aceito ainda pela sociedade: a masturbação. Vamos começar com os mitos sobre a masturbação. Ainda hoje, adolescentes recebem e propagam informações equivocadas sobre essa prática. Ainda é comum adolescentes ouvirem histórias de que a masturbação provoca o aumento de pelo nas mãos, que aumenta a incidência de espinhas e cravos no rosto, que dá caroço no peito, que gasta o pênis.

Antigamente, chegava-se a dizer que a masturbação provocava loucura. Nada disso é verdade. Essas histórias são passadas de geração a geração para assustar os adolescentes. O fato é que, apesar de todas as informações disponíveis, a masturbação ainda é um tabu social e religioso. Algumas religiões consideram a masturbação um pecado e que deve ser condenada, pois, conforme elas, o ato sexual deveria ser realizado apenas visando a reprodução. É este pensamento que incute na mente das pessoas a sensação de culpa pela prática da masturbação.

Sem querer entrar na discussão religiosa, a masturbação, tanto masculina como feminina, é natural. Podemos dizer que o sexo é aprendido todos os dias. Se fosse uma escola, a masturbação seria a pré-escola. Você entra na pré-escola e vai evoluindo. A masturbação faz parte da descoberta da sexualidade e da busca do conhecimento do próprio corpo.

Se você não conhece o próprio corpo, seus genitais, suas funções, pode não desfrutar as sensações do sexo na sua plenitude. Para quem não sabe, a mão tem 40 mil terminações nervosas. O homem só tem consciência do tamanho do pênis em ereção quando toca com as mãos.

A masturbação acompanha as pessoas por toda a vida e é percebida com freqüência na terceira idade. A prática entre pessoas casadas também é uma forma de redescobrimento do corpo um do outro. Ela cria a percepção do clima erótico e da fantasia que os casais, com o passar do tempo e com a convivência, acabam esquecendo. Na ausência do parceiro, por exemplo, a masturbação é a possibilidade e a liberdade para exercer a função orgástica para o bem-estar.

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