terça-feira, 25 de agosto de 2009

Denúncia de constrangimento à prática de sexo oral em trote universitário

A direção da Universidade Federal Fluminense (UFF) - com sede em Niterói (RJ) decidiu ontem (23) as providências que serão tomadas contra os alunos que, na última quarta-feira (19), teriam tentado obrigar uma caloura do curso de Direito a fazer sexo oral ou beijar na boca um grupo de oito veteranos durante um trote. Segundo relato da vítima, os estudantes alegaram que ela era bonita e deveria passar por uma prova que a livraria de ter que arrecadar R$ 250 nas ruas. A jovem conseguiu escapar da violência, embora um dos veteranos, mais forte, tenha permanecido na porta da sala para onde ela foi levada para receber o trote, segundo o relato. O caso foi entregue à Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos da UFF. A estudante disse a parentes que não formalizou queixa com medo de sofrer novas agressões e constrangimentos. Segundo o pró-reitor adjunto de Assuntos Acadêmicos da UFF, Renato Crespo, a estudante contou que as calouras mais bonitas eram levadas para um lugar reservado da faculdade pelos veteranos. Ali, eram informadas de que tinham duas opções: fazer sexo oral neles e ser promovida à condição de veterana ou beijá-los na boca. No caso do beijo, a cota de R$ 250 seria reduzida. A Universidade Federal Fluminense emitiu ontem (23) um comunicado em que diz "repudiar a atitude de alunos veteranos que teriam aplicado um trote violento em calouras do curso de Direito". A nota diz que "a UFF repele os trotes que geram constrangimento, violência e discriminação, assim como os que obrigam os alunos a se humilharem para arrecadar dinheiro nas ruas". O reitor Roberto Salles determinou que a direção da Faculdade de Direito abra uma comissão de sindicância para apuração dos fatos. O reitor garantiu que, apontados os culpados, os responsáveis serão punidos "exemplarmente". 


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